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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

HUMANIZA, GENTE




HUMANIZA, GENTE

E para que ser gente, se humanos são?
Assim diz a canção...
Gente que fala e metralha
Gente que ri do sofrimento
Gente que sente, mas mente, simplesmente
Gente que carece do contentamento
Do indigente que julga e depois repulsa
Gente que maltrata e que mata
Simplesmente por amor
Gente que vai e vem toda hora
Sem contemplar uma flor
Então sejamos humanos com sonhos
De ter na vida simplesmente uma gente
Gente, simplesmente, gente
Que rir, que chora que borra
Que vive feliz na aurora
Aí humanizados estamos, dadonde?
Humanizar humanos, paradoxo, não?
Julguemos menos, vivamos mais
Errando sem medo do julgamento
Do descontentamento, da reprovação
Acertemos sem alardes e outdoor
Apenas acertemos com sentimentos
Para o mundo ficar melhor
E toda essa gente, demente, não compreende
A vontade de voar, de libertar-se para sonhar
Sem medo, sem presilhas, sem formas
Simplesmente assim, viver...
Como ente, gente, humano

Humanize-se

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

MARIA



MARIA

Entre as Marias, sonhei  em pleno sol
Cintilante, bronze e cobre nas madeixas
Enformadas como caracol em uma flor

A mais bela estendia sua lida viva
No varal da verdadeira e sutil alegria
E sorria, feliz com o seu bordado amor

Sol nascente, quente, vibrante, coloria
A simpatia daquela linda meiga Maria
Nas dunas provocantes de fino pudor

Cores ao vento feito lençol coloria
E Protegia os quês da delicada Maria
Que não se inibia pelo sorriso rubor

A cada amanhecer via minha Maria
Na certeza que ela nunca me viria
Assim, preservaria  minha parcial dor

Vitorioso fui sonhador, a cada dia
Nas lavagens finas da deusa Maria
Que corava suando,  uma libido furor


Indo e vindo fui delirante a cada dia
Até o por sol que me fazia companhia

Viu extravasar em  Maria a  minha cor

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

PLIM





PLIM

Vejo do alto uma cor... só minha
Voando vem e plana sobre o jardim
Trazendo algo em minha direção
É o amor que não morreu, renasceu
Cantando vamos, todos, bailando
Em um arrebol de fantasias, de folia
Flores cintilantes abrindo-se vão
E juntos bailamos uma linda canção
Canção de ninar que acalma e embala
É impossível acreditar, mas isso é amor
Que outrora morrera e ressuscitou
Vem pra folia, vem celebrar a alegria
Porque a noite se enruga logo alí
Quando a lua vai embora já é outro dia
Vivamos o agora que bate a porta

Plim!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

C.A

C.A

E nas cores que soam ao vento
Vejo o tilintar dos murmúrios
Sem sonhos, sem formas
Uma pustulenta obsessão
De uma ardente tensão
Petrificou como edema
A singela válvula sangrenta
E como feridas frias em caldas
Que em  metástase assombra
Uma vida profana escarlate
Sorrir a destemida ilusão de viver
E nesse fervilhar quimioterápico
Não cessa o colapso...
Abcesso tenso, vivo, eritematoso
Repercute na bamba bobina de sol
Que nutre e que morre
Com dor,  sem flores, sem amor


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

FLOR



FLOR

e as Flores apenas Cheiram...
as Flores apenas Enfeitam...
há Flores, as flores
há grandeza maior para Existência?
Singeleza, Essência, Pureza
Conveniência...
cada canto uma Flor de Cor
para Alguém que não veio
para Alguém que se foi
para um Mundo de Alegria
para um Mundo em Dor
muitas Essências numa Flor
e muitas Flores no Amor
Enfeite-se como o Jardim